O escritor moçambicano Agnaldo Bata propõe uma viagem literária ao mundo infantil, voltado às estórias que descrevem a importância do trabalho em conjunto, no exemplo realizado detrás da música.
O livro “Mungadze e a lenda do reino musical” será lançado amanhã, pelas 18h, no Instituto Guimarães Rosa/Centro Cultural Brasil-Moçambique, sob tutela da editora Fundza e a apresentação estará a cargo do escritor Japone Arijuane. Trata-se do segundo livro de Agnaldo Bata no presente ano, totalizando quatro na sua trajectória como escritor.
A estória foi escrita há sensivelmente quatro anos, saiu da gaveta quando, no ano passado, a editora Fundza lançou uma chamada literária e Mungadze foi, então, seleccionado para enriquecer as prateleiras dos mais novos.
Se Mungadze teria algum significado, Agnaldo Bata diz que não, mas que este tem raízes e são moçambicanas: “É um nome fora do padrão bíblico. Ao longo da história da região geográfica, Moçambique, os nomes foram alterados tendencialmente mais bíblicos, como Francisco, Pedro, João, mas antes disto, havia nomes considerados locais, daí este jovem Mungadze.”
De persi, o escritor não pretende transmitir uma mensagem, mas carrega nas linhas do livro a importância do trabalho em grupo. Mungadze e a lenda do reino musical vai mostrar em breves linhas que, há um conjunto maior de pessoas que trabalham para que haja um trabalho final satisfatório, mesmo que os outros não dêem a cara. É este o ponto que pretende deixar aos petizes.
Lançou, Agnaldo Bata, na passada Quarta-feira um romance, “Nas bordas do Arco-íris” e amanhã passará no mundo infanto-juvenil: “Pareceu-me mais adequado para esta reflexão que queria fazer, mas também, a inspiração depende muito dos momentos. Veremos o que virá a seguir”.
Agnaldo Bata é mestre em sociologia, lançou o seu primeiro livro em 2017.
Joana Mawai