Ancha Douglas, a escritora que se revelou na pandemia da COVID-19

Ancha Douglas, natural de Inhambane, iniciou o seu processo de escrita, o que ela chama de brincadeiras, aos 14 anos de idade. Rabiscava poemas e o seu fidedigno leitor era seu pai, já falecido. Conta ela que, aos 19 anos, na tentativa de homenageá-lo, escreveu um conto, que este não pôde ler, pois o além da vida lhe chegou.

No decorrer do refúgio do confinamento causado pela pandemia da COVID-19, eis que surgiram romances de Ancha Douglas que acalmaram os “surtos” dos leitores moçambicanos. O desenrolar destas histórias acontece nas vivências do dia-a-dia da terra da boa gente, Inhambane.

Ancha Douglas, natural de Inhambane, iniciou o seu processo de escrita, o que ela chama de brincadeiras, aos 14 anos de idade. Rabiscava poemas e o seu fidedigno leitor era seu pai, já falecido. Conta ela que, aos 19 anos, na tentativa de homenageá-lo, escreveu um conto, que este não pôde ler, pois o além da vida lhe chegou. Voltou a se relacionar com a caneta e o papel quando a COVID-19 bateu as portas.

O ano de 2020 foi, para ela, o momento de recriação e ousadia. Decidiu lançar, com familiares e amigos, pelas redes sociais, histórias para entreter aquele período de confinamento e, foi a ascensão. Começou com Salto alto e seguiu até então a partilhar com o seu público, histórias de “identidade moçambicana”.

Ancha Douglas tem pouca relação com os escritores moçambicanos, mas é na Paulina Chiziane e no Hélder Muteia que recebe apoio e dicas de como continuar a escrever.

“A mamã Paulina foi quem me disse para continuar com o meu estilo, a minha caligrafia, pois é nisso que me identifico.” Disse e acrescentou “Mais do que agradar os outros, tens de agradar a ti mesma. Foi com esta força que tive de continuar a escrever mal”. Concluiu o pensamento.

Ao que tudo indica, Ancha Douglas não lida muito bem com críticas. Já recebeu comentários pela forma intensa e comum com que escreve. ̋ Os escritores dotados em ciência literárias, gostam daqueles termos difíceis, daquelas palavras que as pessoas precisam de dicionários, aquelas expressões clássicas e estavam a me baralhar porque todos queriam me puxar para que escrevesse daquele jeito.” Deixou saber.

Na sua estante, segundo diz, tem todos os livros de Hélder Muteia, de Paulina Chiziane, outros religiosos, de medicina tradicional e mais.

Ancha Douglas tem cinco livros lançados, dos quais, quatro romances e um conto infantil. Os primeiros lançados foram Sapata 1 e A caçadora da liberdade. Pela falta de financiamento, os seus leitores virtuais foram quem a ajudaram, com contribuições monetárias e somaram o total de cinquenta mil investidos.

 

Por Joana Mawai

 

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