Lina Magaia nasceu em Maputo a 21 de Fevereiro 1945, escrevia romances e contos. Foi jornalista e parlamentar, secundarista no Núcleo de Estudantes Africanos de Moçambique, escrevendo artigos e cronicas para os jornais O Brado Africano e A voz Africana, ambos de alta circulação na época. Esteve presa por três meses por conta do seu activismo. Em 1967, Lina Magaia ganha uma bolsa de estudos para cursar Economia em Lisboa. Retorna a Africa, Tanzânia onde obteve treinamento militar passando também a fazer parte do pelotão feminino do partido FRELIMO.
Após a independência, Lina Magaia Torna-se conhecida pelo seu comprometimento com o projecto de modernização Maxista Leninista. Assumiu a função de ministra da Agricultura, numa altura em que também se dedicava a escrever para artigos de jornais e publicando livros. Veio a perder a vida 27 de Julho de 2011 aos sessenta e seis anos, vítima de acidente vascular cerebral.
Como escritora, em seu primeiro romance, Dumba nengue: histórias trágicas do banditismo (1987), retrata o cenário de conflito entre Frelimo e a Renamo, e se baseia em contos que ela tinha publicado na revista Tempo. No romance seguinte, Duplo massacre em Moçambique: histórias trágicas do banditismo (1989), o foco continua a ser as atrocidades da guerra, em particular o massacre de 424 civis por tropas da Renamo na cidade de Homoine em 1987. Escreveu ainda Dehleta: pulos na vida (1994) e A cobra de olhos verdes (1997).