O escritor Carlos dos Santos é o grande vencedor do Prémio Nacional de Literatura Infanto-juvenil. Nesta primeira edição do concurso organizado pela Associação Kulemba, o autor destacou-se com o conto Os pintores de sonhos, que, segundo os membros do júri, possui uma mensagem bonita, importante e muito actual.
Na argumentação da escolha de Os pintores de sonhos, esta sexta-feira, Dia da Criança Africana, o presidente do júri, Alberto da Barca, disse, na Cidade da Beira, que o livro de Carlos dos Santos retrata uma história muito didáctica e animada, sendo que o conto funciona como base de aprendizagem na preservação ambiental. “A história é cativante, desperta a curiosidade, [o escritor] lidou bem com o mistério, a imprevisibilidade, e o ritmo cria suspense em cada página. O livro está escrito de forma clara, e é interessante a ideia do sublinhar de algumas palavras e haver um dicionário no fim do livro. As ilustrações, singelas, apoiam bem o texto”, afirmou Da Barca.
Entre as reflexões sequenciadas sobre os livros inscritos ao concurso, de modo a encontrar o grande vencedor, o júri decidiu que deveria observar questões como: relevância e actualidade da mensagem; a arte de construção das frases com recurso a termos que mais se ajustam ao contexto e aos diferentes momentos da história; termos que enriquecem o vocabulário e fazem viajar na aventura ou viver a situação como se o leitor lá estivesse; palavras que ornamentam o enredo e outras que levam a reflexão e a relação entre a ilustração e o texto.
Assim sendo, o livro Os pintores de sonhos, de Carlos dos Santos, foi distinguido entre cinco finalistas, nomeadamente, A revolta dos bichos, de Miguel Ouana; Lamura, de Suzy Bila; Casa em flor, de Rogério Manjate; e Mungadze, a lenda do reino musical, de Agnaldo Bata.