Fátima Taquidir vence Prémio Imprensa Nacional/Eugénio Lisboa 2023 com o livro “Disrupção”

A autora Fátima Taquidir, que concorreu sob o pseudónimo de Gaiaguango, foi anunciada como a grande vencedora da edição de 2023 do Prémio Imprensa Nacional/Eugénio Lisboa com a obra intitulada “Disrupção”.

O júri, composto por Lucílio Manjate (Moçambique), Sara Laisse (Moçambique) e Paula Mendes (Portugal), escolheu por unanimidade a obra de Fátima Taquidir, considerando-a “ousada e agradável combinação entre o romance histórico e psicológico”, explorando de maneira magistral o paradoxo e a síntese de paisagens e culturas. A autora utilizou a descrição como expediente técnico de alcance imagético e simbólico, aliado a uma investigação documental cuidada.

Além disso, o júri concedeu duas menções honrosas a obras: “Demónios na terra dos anjos”, de Geremias Mendoso (1996, residente em Nampula), assinado pelo pseudónimo Maria de Fátima José, e “As patas de elefante do meu pai”, de Gonçalo Cardoso (1988, residente em Maputo), assinado pelo pseudónimo Moze.

Nesta edição, 42 textos concorreram ao Prémio Imprensa Nacional/Eugénio Lisboa, destacando a diversidade e qualidade das obras submetidas.

Fátima Issufo Camal Taquidir, nascida em Inhambane em 1958, é a mente criativa por trás de “Disrupção”. Com uma trajetória de vida fascinante, estudou e viveu em Inhambane até aos 16 anos, mudando-se posteriormente para Maputo, onde completou os seus estudos na Escola Comercial. Com experiência profissional diversificada, Fátima trabalhou na área comercial, na cidade da Beira e em Maputo, além de ter emigrado para Portugal em 2002.

Mãe de três filhos e avó de três netos, Fátima Taquidir enfrentou a adversidade ao ficar viúva muito cedo. Surpreendentemente, o livro “Disrupção” é uma obra de pura ficção, nascida das histórias romanceadas compartilhadas por pessoas que viveram em Angola, um solo que a autora nunca pisou. Este feito literário demonstra a habilidade de Fátima Taquidir em transformar experiências e narrativas em uma peça cativante de ficção.

O Prémio Imprensa Nacional/Eugénio Lisboa contempla a edição da obra vencedora, bem como a atribuição do valor monetário de 5000 € (cinco mil euros) ao(à) vencedor(a).

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