Está marcada para amanhã, às 17:30, a próxima sessão OitentaNoventa. Leonel Matusse convida Francisco Noa para um diálogo franco sobre os livros, a crítica, a vida e a escrita. O evento terá lugar no Instituto Guimarães Rosa/ Centro Cultural Brasil Moçambique e a entrada é livre.
Nesta sessão, espera-se que o convidado (Francisco Noa) partilhe as suas reflexões sobre as histórias do país, da sua alma e o caminho ladeado de livros e convicções.
O evento é uma oportunidade para reflectirmos sobre o actual estágio da literatura moçambicana, suas tendências, ligações, desafios, num panorama que se apresentou sempre como rico e diversificado, com uma trajectória singular e tremenda, e de compreender a importância da literatura como forma de expressão artística e veículo de reflexão sobre a condição humana.
Esta é uma iniciativa da OitentaNoventa, um projecto cultural que promove o acesso ao pensamento do nosso tempo através da literatura, dos livros e dos seus actores (escritores, poetas, críticos literários, editores, agentes literários, pensadores e activistas), a partir um diálogo intergeracional, franco e altruísta.
Sobre os convidados:
Francisco Noa é professor de literatura e ensaísta, doutorado em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa pela Universidade Nova de Lisboa (2001). Foi professor de Literatura Moçambicana, na Universidade Eduardo Mondlane (Maputo). Professor convidado, orientador e examinador de teses em universidades nacionais e no estrangeiro, assumiu ainda vários cargos de gestão em instituições de ensino superior, foi Reitor da Universidade Lúrio (UniLúrio). Atualmente, os seus interesses de investigação versam os temas da colonialidade, nacionalidade e transnacionalidade literária, a literatura como conhecimento e o diálogo intercultural no Oceano Índico, a partir da literatura. Autor dos seguintes livros: “Literatura Moçambicana. Memória e Conflito” (Imprensa Universitária, 1997); “A Escrita Infinita” (1ª ed., Livraria Universitária, 1998; 2ª edição, Ndjira, 2013); “Império, Mito e Miopia. Moçambique como Invenção Literária” (Caminho, 2002), “A Letra, a Sombra e a Água” (Texto Editores, 2008) e “Perto do Fragmento, a Totalidade. Olhares sobre a literatura e o mundo” (Ndjira, 2012).
Leonel Matusse Jr., é licenciado em Jornalismo, pela ESJ. Tem interesse de pesquisa no campo das artes, identidade e cultura, tendo já publicado no país e em Portugal os artigos “Ingredientes do cocktail de uma revolução estética” e “José Craveirinha e o Renascimento Negro de Harlem”. É membro da plataforma Mbenga Artes e Reflexões, desde 2014, foi jornalista na página cultural do Jornal Notícias (2016-2020) e um dos apresentadores do programa Conversas ao Meio Dia, docente de Jornalismo. Durante a formação foi monitor do Msc Isaías Fuel nas cadeiras de Jornalismo Especializado e Teorias da Comunicação. Na adolescência fez rádio, tendo sido apresentador do programa Mundo Sem Segredos, no Emissor Provincial da Rádio Moçambique de Inhambane. Fez um estágio na secção de cultura da RTP em Lisboa sob coordenação de Teresa Nicolau. Além de matérias jornalísticas, tem assinado crónicas, crítica literária, alguma dispersa de cinema e música. Escreve contos. Foi Gestor de Comunicação da Fundação Fernando Leite Couto. E actualmente, é Gestor Cultural do Centro Cultural Moçambicano-Alemão.
+INFO.: oitentanoventa.in@gmail.com