O FLIK – Festival do Livro Infanto-Juvenil da Kulemba, arrancou hoje na cidade da Beira e vai até sábado, 17 de Junho, com um programa diversificado a pensar na formação de leitores conscientes sobre os problemas contemporâneos, que aliás, muito se inserem na realidade da cidade: o risco de desastres naturais.
Aliás, de acordo com a nota da curadoria, o FLIK decorre sob o lema “Ler para reduzir o risco de desastres”, porque parte considerável da população mundial está constantemente exposta às calamidades naturais e Moçambique, particularmente, a cidade da Beira, tem sido, nos últimos tempos, afectada pelos efeitos das mudanças climáticas.
“O festival pretende fazer da educação e da cultura factores importantes na redução da vulnerabilidade e na formação da resiliência nos mais novos. Para o efeito, o FLIK 2023 vai investir na leitura e na escrita como instrumentos de construção do conhecimento, de habilidades e atitudes necessárias para se evitar ou saber lidar com os desastres climáticos.”, lê-se no comunicado de imprensa.
Organizado pela Associação Kulemba, a sexta edição do FLIK reúne, entre outros autores Agnaldo-Bata, Teresa-Noronha, Hotelio-Alberto, Vania Oscar, Japone Arijuane e Walter-Zand. Do estrangeiro, foi anunciada a participação dos autores Tânia Pereira , Nayara Homem e Rafo Diaz.
O FLIK, que consta da lista produzida por Catalogus sobre os principais eventos de celebração do livro em Moçambique, inclui a realização de oficinas de ilustração, narração de histórias, teatro, escrita criativa, pintura, anúncio dos vencedores dos prémios de declamação de poesia e do Prémio Nacional de Literatura Infanto-juvenil cujas obras finalistas são Os pintores de sonhos, de Carlos dos Santos; A revolta dos bichos, de Miguel Ouana; Lamura, de Suzy Bila; Casa em flor, de Rogério Manjate; e Mungadze, a lenda do reino musical, de Agnaldo Bata.
Está ainda programada uma residência literária, na qual os autores convidados irão produzir livros infanto-juvenis com a temática de redução de riscos de desastres.