“Locus Corpus”: Jeremias F. Jeremias volta à cena literária com obra marcada por intensidade poética e crítica social

Como quem semeia palavras no solo áspero da existência, Jeremias F. Jeremias retorna à cena literária com Locus Corpus, um grito em prosa poética que sangra lucidez e beleza. No verbo que denuncia e na imagem que ilumina a dor, o poeta moçambicano ergue um espelho diante do mundo em colapso — fome, ideologias falidas, o esgotamento do ser — compondo um livro que é corpo, lugar e travessia.

Nesta quarta-feira, pelas 17 horas, a Biblioteca da UniSave-Maxixe, no Campus 2, na Província de Inhambane, acolhe o lançamento do mais recente livro do poeta moçambicano Jeremias F. Jeremias, intitulado Locus Corpus.

Editado pela Editorial Fundza, o livro é um dos selecionados na terceira edição da Chamada Literária 2023/24 — uma iniciativa da editora que, anualmente, oferece a jovens escritores moçambicanos a oportunidade de publicar suas obras sem custos, incentivando a renovação da literatura nacional.

Com 119 páginas, Locus Corpus reúne textos em prosa poética que atravessam temas densos e actuais. A obra desenha um mapa da dor, do absurdo e do esgotamento humano, colocando em evidência crises globais como a fome em África e os colapsos ideológicos do mundo contemporâneo. A escrita de Jeremias é marcada por uma linguagem lírica que denuncia, interroga e expõe o declínio da existência com intensidade e lucidez.

Natural de Manjacaze, na província de Gaza, Jeremias F. Jeremias é licenciado em Organização e Gestão da Educação pela Universidade Eduardo Mondlane e tem formação em Ensino de Português pela Universidade Pedagógica. Com um percurso literário consolidado, venceu o Prémio de Poesia Gala-Gala em 2020 e, dois anos depois, o Prémio Reinaldo Ferreira com a obra Rostos desabitados [e] Fragmentos do escuro.

Compartilhar
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Email
Print

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *