“Nas Bordas do Arco Íris” vem a público amanhã no Camões- CCP Maputo

“Nas Bordas do Arco-íris”, um romance de histórias e estórias, do autor e dramaturgo moçambicano Agnaldo Bata, é apresentado amanhã, 22 de fevereiro, no Camões-Centro Cultural Português às 17:00h.

 Agnaldo Bata refere que “Nas bordas do Arco Iris”, começa a ser escrito entre 2014 e 2015. Na época, o livro foi redigido como uma peça teatral para ser apresentada no Festival Internacional de Teatro e intitulava-se “O preto Branco”, foi apresentada durante dois anos em Maputo e em 2017, surge a ideia de transformar a obra em Romance, um processo que durou cerca de 4 anos tendo apenas conseguido concluí-la no período em que estava a estudar na França pois, lá o autor afirma ter encontrado a matéria prima que julgou que faltara.

 Sobre a mensagem transmitida em “Nas bordas do Arco Iris”, Agnaldo Bata disse: “O livro não transmite nenhuma mensagem.  Apenas conta estórias e histórias. É um romance histórico e visa, acima de tudo, questionar certezas sobre temas aparentemente esgotados e esquecidos. Temas como a interculturalidade, diversidade racial e mudanças climáticas. Nas bordas do arco-Íris é para todos aqueles que desejam viajar para além do arco-Íris”.

 O romance é em torno de Gabrielle Galliard, uma jovem enviada a Moçambique para averiguar as causas do fracasso de um projecto social desenhado por uma organização não governamental francesa para prover água a um distrito que é assolado por seca prolongada, projecto este que falha de forma inexplicável. Tal busca impele-a a mergulhar num passado colonial, onde ela vê-se imersa na complexa história de uma família que residia no distrito onde o projecto foi implementado e é obrigada a exumar um passado aparentemente esquecido. Para encontrar a resposta pretendida. Gabrielle percebe que terá também de questionar acerca da sua própria identidade e acerca das suas (in) certezas sobre a vida.

 Dizem que Agnaldo Bata nasceu no início da década 90 no bairro do Chamanculo, periferia da cidade de Maputo. É mestre em sociologia e acredita na equidade de género e no respeito pelos direitos humanos. Em 2017 publicou a obra “Na terra dos sonhos”, prémio revelação do concurso do Banco de Moçambique para novos talentos. Em 2019 publicou “Sonhos manchados, sonhos vividos” Menção honrosa daIIa edição do prémio Imprensa Nacional/Eugénio Lisboa. Antes, fez e escreveu teatro por cerca de seis anos com o grupo teatral Skhendla. O Festival Internacional do Teatro de Inverno, organizado pela associação Girassol, era a sua maior casa e “A Queda do Império de Gaza” um dos seus icónicos trabalhos. Os seus contos figuram de diversas antologias nacionais e internacionais, dentre elas “Contos para ler em casa” (2020), “Contágios” (2022) e “Espíritos Quânticos” (2022).

 

 

 

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