O regresso

A beleza, tal como o ar, é uma fonte inesgotável. Dela depende a vida na terra. Sem as fragrâncias da natureza o mundo seria habitado apenas por estátuas de pedra. O belo reanima a vida, rompe com a monotonia dos dias e nos confronta com o real. O cíclico movimento, a sucessão incessante dos acontecimentos. Quem somos nós fora de uma circunstância. A vida é uma autêntica representação do real ou ao contrário!?

Estamos em julho, a princípios do verão europeu e na península ibérica aquece como dentro de um forno dos infernos. Está calor man/ se eu fosse um Elon Musk abria agora um champagne… estive a rimar há dias para o delírio dos meus amigos que tal como eu desejavam estar em Maputo, numa esquina qualquer a beber uma 2M bem gelada.

Falando em Maputo, quem dera apanhar um chapa no patrice descer no Alto Maé e passar do mercado Estrela comer um cabrito acebolado na companhia da Nelinha. Em Maputo é tudo mais easy e não falta quem te pague cerveja. Já em Lisboa a moda é outra.

Desde que o calor chegou, passo as tardes na varanda a ver os aviões a aterrar no Humberto Delgado. Da minha varanda o horizonte é um fundo azul povoado de tetos cor de laranja fluorescentes. Da minha varanda vejo as árvores a balançar como na valsa, preguiçosas como o bicho que dorme na relva.

Há mais de um mês que não dou o ar da minha graça por aqui. Os motivos são vários e passo a nomear: No mês de maio o Mélio Tinga e o David Bene estiveram em Lisboa para o lançamento da coleção Arremessos pela Exclamação e nesse âmbito estivemos envolvidos em diversas actividades literárias desde lançamento de livros, conversas nas universidade e participação na Feira do Livro de Lisboa. 

No mês de junho estive ocupado com a edição do meu primeiro livro de poesia: Nas traseiras do Horizonte, uma elegia ao meu pai, um choro cantado a mil vozes. O livro vai ser lançado oficialmente no dia 08 de julho no Restaurante Roda Vida, no beco do Mexias, Alfama – Lisboa. Estão todos convidados e fica também a minha promessa, a coluna Antes do Nada está de volta.

 Venâncio Calisto 

Lisboa, 04 de julho de 2023

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