Eduardoquive explora as cidades físicas e imaginárias no seu mais recente livro, intitulado “Para onde foram os vivos”, obra a ser apresentada amanhã, 04 de Abril às 17h00 no Camões – Centro-Cultural Português,, em Maputo.
Segundo a professora e investigadora Ana-mafalda-leite, prefaciadora do livro, “Para onde foram os vivos”, é um livro que partilha vários tipos de registo discursivo, lírico e confessional, bem como faz o uso da linguagem do diário ou da notação jornalística e uma ténue linha narrativa, por vezes criando cenários de ambiente cinematográfico ou fotográfico.
“É o retrato do mundo em decadência, estilhaçado, as cidades em ruínas com o silêncio ensurdecedor das almas que ainda habitam o lugar com a esperança no exercício do amor. A quem amamos quando estamos sós, isolados num lugar de silêncios e ausências, retratos de egoísmo, violência e tensões que levam que o mundo como o conhecemos se desfaça sob o nosso olhar indiferente? Uma outra imagem das grandes cidades repletas de gente, ostentando o seu mais elevado amor material, mas ausentes em afetos. Nesta obra, a cidade e o corpo se confundem. Assim como o amor e o ódio se fundem para gerar tensões e violências”, refere Ana Mafalda Leite.
O livro encontra-se dividido em duas partes, nomeadamente, “Cidades” e “Corpos”. Em “Cidades” o autor apresenta 24 fragmentos onde expõe as cidades físicas e imaginárias por si percorridas. E em “Corpos”, Eduardoquive reúne 19 textos em prosa poética.
O livro tem a chancela da Alcance-Editores e será apresentado pela professora de literatura e investigadora do Centro de Estudos Africanos da UEM, Teresa-Manjate.
O autor
Eduardo-quive nasceu em Maputo, a 8 de junho de 1991. É escritor, jornalista, produtor e programador cultural. Como jornalista, foi editor dos semanários Dossiers & Factos e Debate – jornal de artes e cultura – e ainda passou pela televisão como produtor de conteúdos e apresentador. Foi director da Literatas – revista de artes e letras – e mantém colaborações com imprensa em Moçambique e no estrangeiro. É produtor e programador de festivais de arte e literatura e orienta oficinas de escrita criativa. Membro fundador do Movimento Literário Kuphaluxa e co-fundador de Catalogus – portal de autores moçambicanos. Escreve poesia e prosa. A sua poesia está publicada em antologias em Moçambique, Brasil e Itália. É autor do livro “Lágrimas da Vida Sorrisos da Morte” (Literatas, 2012); co-autor do livro “Brasil & África-Laços Poéticos” (Editora Letras, 2014); co-organizador das coletâneas “Contos e crónicas para ler em casa”, vol. I e vol. II (Literatas, 2020); co-organizador do livro “O Abismo aos pés – 25 escritores lusófonos respondem sobre a iminência do fim do mundo” (Literatas, 2020).