“Msaho” traduzido como Ópera Africana Multidisciplinar que se fundamenta no UBUNTU, é a nova produção musical da escritora moçambicana, Paulina Chiziane a ser exibido em música, poesia, teatro e dança, baseado na história de África, antes, durante e depois da invasão colonial.
A obra musical é da autoria da escritora-mor e conta também com textos do terceiro presidente de Moçambique independente, Armando Guebuza e junta artistas de outros cantos do mundo. Na mesma ocasião, será lançado o segundo disco musical de Chiziane em homenagem ao Soldado Desconhecido que morreu na luta pela Libertação de África e dos negros na América, trabalho este que contem músicas escritas e produzidas prla escritora.
A vencedora, em 2021, do maior prémio Lusófono, Camões, pretende, com o seu mais recente trabalho, mostrar a arte produzida com os sons africanos. “Será que Moçambique tem ópera?” Questionou-se. Em resposta elaborou uma metáfora: “Uma estrela é uma estrela nos Estados Unidos, não deixa de ser uma estrela em Moçambique.”
É através desta que Paulina Chizine pretende quebrar o tabú de que África não tem ópera. O concerto servirá de manifestação cultural para mostrar até que ponto os sons africanos podem ser produzidos e reproduzidos no solo pátrio. É uma definição de ópera no nosso contexto e servirá de homenagem às mulheres é a história da África.
O evento realiza-se hoje, no Centro Cultural Universitário, pelas 19h.
Por: Joanna Mawai