Prêmio Oceanos abre candidaturas e anuncia divisão em duas categorias 

A organização do Oceanos anunciou que estão abertas as inscrições da edição 2023 do prémio, aberto a romances, livros de poesia, contos, crónicas e obras de dramaturgia, editados em qualquer lugar do mundo desde que escritos originalmente em língua portuguesa e publicados entre o 1.º de janeiro e 31 de dezembro de 2022.

O concurso que junta a diversidade dos povos e nações falantes de língua portuguesa, passa a partir deste ano a ter dois vencedores, dado que o prémio estará dividido em duas categorias, nomeadamente, poesia e as demais categorias, como  prosa, romance, conto, cronica e dramaturgia, contando com juris especializados para cada género literário.

Manuel da Costa Pinto, curador do concurso no Brasil disse em entrevista ao 24.sapo, que a decisão de dividir o concurso em categorias ocorreu naturalmente. “Após vários anos durante os quais livros de diferentes géneros concorriam entre si, esta decisão decorre de uma percepção, consensual na teoria literária, de que a criação poética aponta para um trabalho formal diferente daquele que encontramos nas demais linguagens”, disse.

“É claro que isso não cancela a avaliação do uso de recursos poéticos na prosa, da dramaturgia na poesia etc… mas contaremos com jurados plenamente capazes de contemplar também esse aspecto tão presente na produção contemporânea”, acrescentou Costa Pinto.

As avaliações dos textos submetidos respeitarão duas etapas, sendo a primeira etapa, entre abril e agosto de 2023, as obras são lidas e avaliadas por dois júris internacionais compostos por profissionais das letras membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), donde  saem 20 títulos de cada categoria aptos para disputar a próxima fase e na segunda etapa, entre setembro e outubro, os júris intermediários elegem as obras finalistas: 5 de poesia e 5 de prosa e/ou dramaturgia. Por fim, na terceira etapa, em novembro, o júri final escolhe dois livros vencedores, um de poesia e um de prosa e/ou dramaturgia. O valor total da premiação, dividido entre os dois vencedores, é de R$ 300 mil (em 2022, por exemplo, o primeiro prêmio pagava R$ 120 mil a um ganhador, R$ 30 mil a menos). 

Em Moçambique a curadoria está a cargo de Nataniel Ngomane, Matilde Santos, de Cabo Verde, com coordenação da gestora cultural luso-brasileira Selma Caetano e em Portugal Isabel Lucas.

Em 2022 o prêmio foi anunciado em Maputo e o moçambicano  Paulo Borges Coelho, com a obra “Museu da Revolução”, conquistou a segunda posição, a brasileira Micheliny Verunschk com o romance “O som do rugido da onça”, ocupou o terceiro lugar e o pódio foi conquistado pela portuguesa  Alexandra Lucas Coelho com a obra “Líbano, labirinto”.

O Oceanos é realizado via Lei de Incentivo à Cultura, pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, e conta com o patrocínio do Banco Itaú e da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas da República Portuguesa; o apoio do Itaú Cultural, do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde e do Fundo Bibliográfico da Língua Portuguesa, assim como o apoio institucional da CPLP.

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