Vultos- Epílogo
Eu sabia, sabia tanto que o seu amor tornara-se um veneno com o passar dos anos. Dava em excesso e já não conseguia medir, não conseguia diferenciar o que era amor e obsessão.
Vultos – parte V
Consumido pelo fogo da minha loucura, expandindo-se ate ao mais fundo do meu amago, asfixiando-me para a minha própria destruição. Sorte dele estava com a mulher e criada. Eu não tenho ninguém e nada me resta.
Vultos IV
Com movimentos rápidos, percebi a sua silhueta na janela, pelo que dei sinal ao Mabel, este acenou para mim, negociando novamente com o captor. Com um gesto suave dos olhos em direcção a um canto específico da casa, dando-me sinal de forma que me aproximasse da janela
Vultos III
O medo e o prazer. Existe algum tipo de dependência entre os dois? Talvez. Devo dizer que ao contrário do que se diz o medo nem sempre é um sentimento que te afasta de um perigo eminente. Existem casos em que o medo é acompanhado por uma sensação estranha de adrenalina, querer fazer mais…
Vultos II
O som morto das ruas, o frio penetrando os cantos da enorme sala, passando por cima de pequenas escrivaninhas, luzes dos monitores desligadas. Eu era o único na sala, com os olhos atentos ao tecto, respirando fundo a cada segundo para tentar perceber onde iria me meter desta vez.
Vultos
Muitas eram as noites que acordava suado, com a pulsação acelerada, mãos a tremerem. Todas as noites eles vinham, com as suas bandejas e comprimidos calmantes. Eu preferia chamá-los assim, mas eu sabia o que eram.