“O filho que não era meu ” é a história de um homem que é acusado por um grupo de indivíduos armados de ter engravidado uma prostituta e, na tentativa de negar a paternidade, é agredido violentamente e pressionado a assumir o filho.
Trata-se da crónica de Zaiby Manasse cujo pano de fundo é a violência, a pressão social e a pobreza, presentes em algumas regiões de África, em particular Moçambique e convida, assim, os leitores a mergulharem num clima de tensão, onde o protagonista luta pela vida e tenta entender terá chegado aquela situação.
Agora, se o filho é ou não do protagonista, Zaiby Manasse diz: “O filho que não é meu sou eu, somos nós e não é ninguém”. E, em relação à temática abordada, se teria algo de bom ou não, o autor afirma: “Acho que de bom é o facto da curta crónica tirar para fora verdades entaladas pelo medo e, talvez pelo terror que é nos dias de hoje ser livre. Vivemos uma liberdade escrita.”
A história, segundo o autor, foi escrita numa sentada e, para o presente ano, não promete dar a cara nas publicações de livros, “Prefiro deixar o ano em aberto para não correr o risco de escorregar nas minhas promessas.” Disse.
Zaiby Husay Gulamo Manasse, também conhecido por Aladino Diferente é natural da província de Maputo. Publicou dois livros de poemas: “O Mel do Meu Passado Presente” e “Devaneios Ensanguentados pela Globalização” e dois romances “A Caneta do Balcão 1” e “O Entroncamento”.
“O filho que nao era meu” faz parte do terceiro “conto” do ano na editora Kulera e foi disponibilizado de forma gratuita no dia 23 do mês em curso.
Por: Joanna Mawai