Anunciadas as dez novas vozes da 3.ª edição do Prémio Literário Carlos Morgado

Em noite de celebração da nova literatura moçambicana, foram ontem anunciados, na Galeria do Porto de Maputo, os dez finalistas e o vencedor da 3.ª edição do Prémio Literário Carlos Morgado, que este ano consagrou Alex Gujamo entre mais de 200 candidaturas recebidas de todo o país.

Foram ontem anunciados, na Galeria do Porto de Maputo, os dez finalistas da 3.ª edição do Prémio Literário Carlos Morgado, um dos mais relevantes concursos literários voltados para autores emergentes em Moçambique.

Entre os mais de 200 textos submetidos este ano, foram selecionados: Omar António, Arquilito Silambo, Solange Guambe, Zaida Abacar, Daniel Lourenço, Atumane Taibo, Argentina Guirrugo, Pedro Mucheu, Alex Gujamo e Delton Lisboa. Os nomes foram divulgados numa cerimónia realizada no dia 29 de julho, na presença de escritores, leitores, representantes da Fundação Carlos Morgado e membros do júri.

Criado com o objectivo de incentivar a produção literária e descobrir novas vozes jovens moçambicanas, o prémio tem vindo a consolidar-se como uma plataforma consistente de visibilidade para jovens escritores. A edição de 2025 registou 203 candidaturas, número recorde desde a criação do prémio, com textos oriundos de todas as províncias do país .

O júri desta edição foi composto por Marina Morgado (presidente), Maria da Conceição Siueia e Mauro Brito, que conduziram um processo de leitura em várias fases: numa primeira seleção foram apurados 30 semifinalistas, reduzidos agora aos dez finalistas ontem anunciados.

Histórico de vencedores
Nas duas edições anteriores, o prémio revelou autores jovens com talento inquestionavel para a escrita. Em 2023, o vencedor foi Francisco Panguana Júnior, com o conto “A Ilegítima Defesa de Adão”. A obra foi publicada numa coletânea intitulada Novas Vozes – Novas Estórias, juntamente com os textos dos restantes finalistas.

Já em 2024, o prémio foi atribuído a Alfoi Renato Bernardo Firme, da Zambézia, autor de “O Transportador de Universos e as Lamúrias de Akbar”, narrativa que misturava realismo mágico e crítica social. Tal como no ano anterior, a obra foi incluída numa antologia com os finalistas e o autor premiado com um valor equivalente a 50.000 meticais, valor que se mantém na edição deste ano.

´Neste ano o prémio foi atribuido a Alex Alexandre Gujamo, jovem da província de Inhambane.

Todos os finalistas recebem livros de autores moçambicanos e têm os seus textos publicados numa antologia anual, um dos grandes atrativos do concurso.

O aumento no número de candidaturas reflete o fortalecimento do prémio e a confiança de novos autores na sua relevância. A Fundação Carlos Morgado, entidade promotora, reafirma que o foco do prémio está em apoiar escritores sem obras publicadas e com idade até 35 anos, dando-lhes espaço para desenvolver uma carreira literária com mais visibilidade.

O Prémio Literário Carlos Morgado continua assim a afirmar-se como uma peça-chave no panorama da literatura moçambicana contemporânea, renovando o compromisso de revelar e apoiar as próximas vozes da ficção nacional.

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