Entre os dias 21-24 de Outubro o Festival Cidade nas Mãos transformou Maputo num território de encontro entre a literatura, o teatro,a fotografia, a dança e a música. Foram dias de diálogo e muita partilha, onde o público mostrou uma sede profunda de se reconectar com a essência da nossa cidade através das artes.
E ontem, dia 24 de Outubro , depois de três dias intensos percorrendo diversos pontos da cidade de Maputo, o Festival Cidade nas Mãos despediu-se em grande, com um momento de pura celebração no Instituto Guimarães Rosa.
A invocação da memória foi o culminar perfeito: artistas deram voz a excertos de grandes autores moçambicanos, invocando a herança lírica que molda quem somos. Foi um chamado à lembrança, mas também à necessidade de continuar a criar, a partilhar e a viver a cidade com as mãos, o corpo e o coração.
Nesta performance final, Negro, Joana Mbalango , Sidónio Mondlane, Francisca Mirine, Arsênio Gonçalo e a banda Canhões Dourados, cruzaram palavras, ritmos, movimentos e gestos para recordar que a cidade, com os seus poetas, ruas e histórias, só existe plenamente quando nos apoderamos dela.
O festival terminou, mas a sua chama não se apaga, até porque a arte e os lugares da cidade só fazem sentido quando os tornamos nossos.
Organização: Catalogus e Embaixada da Espanha em Moçambique
Parceiros: Fundação Carlos Morgado, Instituto Guimarães Rosa, Camões – Centro Cultural Português, Universidade Pedagógica de Maputo e Ntsindya – Centro Cultural Português
