Livro sobre rap de intervenção social em Moçambique será lançado a 3 de Outubro na Beira

Será lançado no dia 3 de Outubro, no Centro Cultural Português – Camões, na Beira, o livro O rap: A (des) marginalização do rap de intervenção social em Moçambique, da autoria de Lázaro Marcos Januário. Publicada pela Massinhane Edições, a obra analisa o papel do rap como instrumento de cidadania e intervenção social no país, trazendo uma abordagem crítica sobre a forma como essa expressão cultural tem sido historicamente desvalorizada.

No próximo dia 3 de Outubro, será lançado no Centro Cultural Português – Camões, na cidade da Beira, o livro O Rap: A (des) marginalização do rap de intervenção social em Moçambique, seu contributo no exercício da cidadania e na formação do Homem, da autoria de Lázaro Marcos Januário. A obra é publicada pela Massinhane Edições e promete lançar um olhar aprofundado sobre o papel do rap como instrumento de transformação social no país.
O evento de lançamento contará com a presença de académicos, artistas e jovens ligados ao movimento hip-hop. A apresentação oficial da obra estará a cargo do jurista e docente universitário Edmar Barreto, que considera o livro uma “ferramenta essencial para compreender o impacto cultural e político do rap moçambicano”.
Um contributo académico para a valorização do rap
Com cerca de 220 páginas, o livro está estruturado em duas partes principais: uma abordagem histórica do rap, desde as suas raízes na Jamaica e nos Estados Unidos até à sua consolidação em Moçambique, e uma análise crítica da forma como o rap de intervenção social actua como veículo de cidadania, protesto e educação informal.
O autor identifica três fases na evolução do rap moçambicano: o período de imitação (1985‑1995), a fase de afirmação identitária (1995‑2003) e, mais recentemente, uma etapa de reconstrução e novas representações (2003 até à atualidade).
“Esta obra nasce da necessidade de refletir sobre como o rap, mesmo sendo frequentemente marginalizado, contribui activamente para a formação do pensamento crítico e da consciência social entre os jovens”, afirma Lázaro Januário, que é estudante de Direito na Universidade Licungo.
Mais do que música, o livro dialoga com áreas como História, Direito, Sociologia, Comunicação e Cultura. A intenção do autor é clara: promover o reconhecimento do rap como uma forma legítima de intervenção social e construção cidadã.

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