Manuel de Araújo apresenta novo livro em Lisboa, com reflexões sobre a democracia moçambicana

Lisboa será palco, nesta sexta-feira, de um encontro entre memória, crítica e esperança, com o lançamento do novo livro de Manuel de Araújo — Pedalando Moçambique: Quo Vadis Democracia? — uma obra que, com sensibilidade e firmeza, transforma o exílio em trincheira literária e convida o leitor a pedalar pelas veredas sinuosas da democracia moçambicana.

O presidente do Município de Quelimane, Manuel de Araújo, realiza nesta sexta-feira, dia 11/04, às 18h, o lançamento do seu novo livro intitulado ” Pedalando Moçambique: Quo Vadis Democracia? e outras reflexões”, num evento que terá lugar na sede da Associação Cabo-Verdiana, em Lisboa, na Rua Duque de Palmela.

A publicação, que sai sob o selo da editora Gala-Gala, reúne uma série de textos escritos durante o que Araújo define como um período de “exílio académico e profissional”. Com tom crítico, a obra funciona como uma análise profunda da situação política e social de Moçambique, entrelaçando experiências pessoais com observações sobre os desafios da democracia no país.

Mais do que apenas um compêndio de crónicas, o livro retrata, com clareza e sensibilidade, a tensão entre o ideal democrático e a realidade vivida nas ruas moçambicanas. Em suas palavras, os textos foram escritos fora do país, mas mantêm raízes firmes nos contextos e vozes que moldam a política quotidiana — longe dos palcos oficiais e mais perto das dificuldades reais da população.

O evento de lançamento em Lisboa é simbólico: num cenário em que o espaço democrático em Moçambique parece cada vez mais comprimido, a publicação da obra representa um gesto de afirmação e resistência intelectual.

A distribuição do livro já começou em várias cidades moçambicanas, como Maputo, Matola, Xai-Xai, Inhambane, Chimoio e Beira, estando disponível em livrarias como Mabuko, Sequoia e Escolar Editora. Um lançamento oficial em Moçambique está previsto para o mês de maio.

O provocador título do livro — Quo Vadis Democracia? — não deixa dúvidas sobre sua intenção: é um questionamento directo às lideranças políticas, instituições e à própria sociedade, que muitas vezes segue em frente sem saber exactamente para onde está indo.

Assim, Manuel de Araújo convida os leitores a refletirem, pedalando entre memórias, crítica e esperança, num percurso onde a liberdade é tanto destino quanto ponto de partida.

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