Paulina Chiziane nasceu a 4 de Junho de 1955, em Mandlakazi, província de Gaza. A partir de 1984
abraça a escrita, começando pelo conto, tendo como grande influência o avô, um contador de histórias
nato. Começa por publicar alguns dos seus contos na imprensa moçambicana.
Em 1990, Paulina Chiziane torna-se a primeira mulher moçambicana a publicar um romance – Balada de
Amor ao Vento. Seguiu-se Ventos do Apocalipse em 1993, O Sétimo Juramento em 2000 e o que é
considerado o romance da sua consagração, Niketche: Uma História de Poligamia em 2002. A obra
ganhou o Prémio José Craveirinha de Literatura, em 2003. Em 2008 publicou O Alegre Canto da Perdiz,
seguido de As Andorinhas em 2009. Em 2013 inicia uma série de publicações de livros no âmbito de
espiritualidade tradicional, a começar por Na mão de Deus e Por Quem Vibram os Tambores do Além,
com Rasta Pita. Em 2014, foi agraciada pelo Estado português com o grau de Grande Oficial da Ordem
Infante D. Henrique, forma de reconhecimento do mérito e obra da autora. Em 2015 publicou Ngoma
Yethu: O curandeiro e o Novo Testamento, ao que seguiu, finalmente em cerca de 30 anos de carreira,
um livro de poemas O Canto dos Escravizados, em 2017.
IMPRENSA
“Não me sinto nem feminista nem coisa nenhuma. Eu me sinto uma guerreira. O que eu faço é uma
guerra. A partir do momento em que eu comecei a colocar determinados temas e pontos de vista em
debate eu comecei a mostrar que as mulheres também se levantam. Mostrei que há muita mulher com
muita capacidade, que são muito boas no que fazem, mas que tinham medo de escrever. E eu mostrei
que escrever era possível(…)” Entrevista com a escritora Paulina Chiziane jornal OPOVO