Eugénio Lisboa, ensaísta, poeta e crítico cultural, falece aos 93 anos em Lisboa

Perdeu a vida na terça-feira 09 de Abril, o ensaísta, poeta e crítico cultural, Eugénio Lisboa aos 93 anos em Lisboa, vítima de uma doença oncológica.

Nascido em Moçambique, em 25 de Maio de 1930, na antiga Lourenço Marques (hoje Maputo), Lisboa  conquistou reconhecimento através de suas obras, que abraçavam a poesia e o ensaio. Em 2001, António Brás, considerado pai da impressão em Portugal,  destacou no jornal PÚBLICO, a contribuição literária de Eugénio Lisboa, ressaltando o “assumido anacronismo” presente na poesia, uma qualidade que o aproximava, de certa forma, do estilo do escritor, poeta, tradutor, crítico literário e ensaísta argentino, Jorge Luís Borges.

Ao longo de sua carreira, Lisboa produziu varias obras, incluindo vinte e quatro livros de ensaio e crítica, sete de memórias e diários, além de poesia. Entre suas obras mais reconhecidas está “Acta Est Fabula, Epílogo” (Opera Omnia, 2017), uma homenagem a sua companheira por 57 anos, Maria Antonieta, falecida em 30 de Julho de 2016.

Além de suas contribuições literárias, o nome Eugénio Lisboa  é titulo do prestigiado Prémio Imprensa Nacional/Eugénio Lisboa, criado em 2017 pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda, em parceria com o Camões — Centro Cultural Português em Maputo. Este prémio compromete-se a promover e editar obras de prosa moçambicana, atribuindo um prémio de cinco mil euros ao vencedor.

Eugénio Lisboa também ocupou o cargo de presidente da Comissão Nacional da UNESCO entre 1996 e 1998, além de ter sido colunista da revista Ler e colaborado com várias outras publicações, incluindo o Jornal de Letras.

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